UTILIDADE PÚBLICA:
Hoje, 27 de setembro de 2024, no auditório da Estação Otics Catete, ocorreu uma reunião a sobre a atualização da troca da vacina oral contra a poliomielite, o evento teve como orientadora a enfermeira chefe do CMS Manoel José Ferreira – Priscila Carvalho e contou com a participação dos técnicos em enfermagem e enfermeiros da unidade. Conhecida popularmente como “gotinha”, para a vacina injetável (Vacina Inativada contra a Poliomielite, ou VIP) reflete avanços significativos na saúde pública e na erradicação da poliomielite. Esta mudança tem como objetivo aumentar a segurança e a eficácia da imunização, alinhando-se a estratégias globais de controle de doenças infecciosas. A vacina oral (VOP) contém o vírus atenuado da poliomielite, que, em casos extremamente raros, pode sofrer mutações e causar a poliomielite derivada da vacina, conhecida como poliovírus derivado de vacina (PVDV). A vacina injetável, por outro lado, utiliza o vírus inativado, o que elimina qualquer risco de reativação do vírus, tornando-a mais segura.
À medida que o número de casos de poliomielite selvagem diminuiu drasticamente em todo o mundo, os casos de PVDV ganharam mais atenção. A VIP é considerada uma ferramenta crucial para evitar a propagação desses poliovírus derivados da vacina, especialmente em regiões onde a cobertura vacinal é baixa. A troca pela vacina injetável faz parte de um esforço global coordenado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para erradicar a poliomielite. Esse processo inclui a transição de todas as nações para a VIP, uma vez que a meta final é eliminar tanto o vírus selvagem quanto o PVDV. Além disso, a vacina injetável gera uma resposta imunológica mais robusta no corpo, especialmente em relação à imunidade sistêmica. Embora a vacina oral seja eficaz em estimular a imunidade intestinal, que é importante para conter a transmissão do vírus, a VIP oferece proteção mais abrangente contra a doença paralítica.
Contudo, a transição de uma vacina oral, amplamente aceita por sua praticidade e baixo custo, para uma vacina injetável apresenta desafios. A VIP é mais cara de produzir e distribuir do que a VOP, o que requer um aumento no financiamento e na infraestrutura de vacinação, como o treinamento de profissionais de saúde para a administração de injeções. Além disso, a aceitação da vacina oral foi facilitada por sua aplicação simples, sem dor e sem necessidade de infraestrutura hospitalar. A transição para uma vacina injetável pode enfrentar resistência inicial por parte da população devido ao medo de agulhas e à percepção de maior desconforto.
A troca da “gotinha” pela injeção é uma medida estratégica fundamental na luta contra a poliomielite, com benefícios claros em termos de segurança e eficácia. Embora apresente desafios em termos de custo e aceitação pública, ela se alinha com os objetivos globais de erradicação da doença e representa um avanço importante na saúde pública. A comunicação eficaz e o fortalecimento dos sistemas de saúde serão essenciais para garantir o sucesso dessa transição, em suma, o reforço de 15 meses será realizado com a VIP substituindo a VOP.