Na tarde de quarta-feira, 6 de novembro de 2024, os internos de Medicina, que realizam estágio no CMS Manoel José Ferreira, se reuniram no laboratório de informática da Estação Otics – Rio Catete para uma sessão conduzida pelo médico e preceptor Dr. Pavel Vigo, que guiou a discussão sobre as principais doenças exantemáticas, abordando as formas de diagnóstico, a necessidade de notificação dos casos e as condutas terapêuticas indicadas. O encontro teve como objetivo aprimorar o conhecimento dos futuros profissionais de saúde, destacando a relevância da vigilância epidemiológica e da prevenção na atenção à saúde infantil.
A primeira infância é uma fase fundamental do desenvolvimento humano, compreendida entre o nascimento e os seis anos de idade. Durante esse período, ocorrem transformações físicas, cognitivas e emocionais essenciais para a formação do indivíduo. A saúde das crianças nessa faixa etária é um tema central em políticas públicas, já que as experiências e condições de saúde nesta fase influenciam diretamente no desenvolvimento de doenças, no aprendizado e no bem-estar ao longo da vida.
Durante o encontro, o grupo discutiu as principais doenças exantemáticas, como sarampo, rubéola e varicela, caracterizadas por erupções cutâneas acompanhadas de febre e sintomas respiratórios. Essas doenças, frequentemente transmissíveis, representam um risco significativo para crianças pequenas, cujos sistemas imunológicos ainda estão em desenvolvimento. Caso não tratadas corretamente, podem levar a complicações graves, como pneumonia e encefalite, e até risco de morte. Por isso, a vacinação é considerada uma medida fundamental de prevenção.
A notificação das doenças exantemáticas é crucial para o controle de surtos e a proteção da saúde pública. No Brasil, os profissionais de saúde devem informar aos serviços de vigilância epidemiológica qualquer caso suspeito, permitindo ações rápidas como vacinação em massa ou isolamento dos infectados. O tratamento varia conforme a doença, mas geralmente envolve cuidados sintomáticos, hidratação e, em alguns casos, o uso de antivirais ou medicamentos específicos. A discussão realizada pelo grupo contribuiu significativamente para o aprofundamento do aprendizado teórico e prático, enriquecendo a experiência clínica dos acadêmicos.