Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil

No último dia 15 de fevereiro de 2025, o mundo se uniu para lembrar o Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil, uma data criada em 2002 pela Childhood Cancer International. O objetivo da campanha global é conscientizar sobre os sinais e sintomas da doença, além de demonstrar apoio às crianças, adolescentes e suas famílias. O câncer infantil é a principal causa de morte entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). No cenário mundial, a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc) estima que 215.000 casos sejam diagnosticados anualmente em menores de 15 anos e cerca de 85.000 em adolescentes de 15 a 19 anos.

Os tumores mais comuns nessa faixa etária incluem leucemias, que afetam os glóbulos brancos; tumores do sistema nervoso central; e linfomas, que comprometem o sistema linfático. Os sintomas do câncer infantil podem ser confundidos com doenças comuns, o que reforça a importância das consultas regulares ao pediatra. Os principais sinais de alerta incluem palidez, hematomas frequentes, dor óssea persistente, caroços indolores, perda de peso inexplicada, tosse crônica, alterações oculares e dores de cabeça intensas com vômitos matinais. Diante desses sinais, o encaminhamento para investigação e tratamento especializado deve ser imediato.

                       

A coordenadora de oncologia e hematologia do Hospital da Criança José de Alencar, em Brasília, Isis Magalhães, destaca que o diagnóstico precoce é essencial para o sucesso do tratamento. Segundo ela, o papel do pediatra é fundamental na identificação inicial da doença e na realização de exames para confirmar o diagnóstico. “A conscientização dos médicos é indispensável para que considerem o câncer infantil em suas avaliações e encaminhem os pacientes para tratamento adequado”, enfatiza a especialista.

                    

O Ministério da Saúde reforça que, além dos recursos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é essencial humanizar o atendimento, considerando o impacto emocional da doença sobre as famílias. “Os pais nunca estão preparados para essa notícia, pois a possibilidade de perda de um filho é algo inconcebível”, lembra a oncologista Isis. Após o tratamento, o acompanhamento contínuo é necessário para monitorar possíveis complicações tardias. A abordagem multidisciplinar, envolvendo médicos, psicólogos e assistentes sociais, é indispensável para garantir o bem-estar dos pacientes e aumentar as chances de recuperação.

Fonte: Gov.com