Durante a manhã e tarde de segunda-feira, 9 de junho de 2025, o auditório da Estação Otics – Rio Catete recebeu um encontro do Grupo de Práticas Integrativas da Secretaria Municipal de Saúde. Sob a coordenação da farmacêutica Helene Frangakis, com auxilio da assistente social Claudia Porto e participação especial dos biólogos Misael Medeiros e Sérgio Monteiro, os participantes mergulharam em uma discussão enriquecedora sobre políticas públicas voltadas para o uso de plantas medicinais e a importância do cultivo sustentável para fins terapêuticos.

                   

O encontro teve início com uma apresentação sobre a evolução das políticas públicas no Brasil que reconhecem o potencial das plantas medicinais no cuidado com a saúde. A terapeuta detalhou os avanços nas regulamentações, como a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, e como essa estrutura legal tem facilitado o acesso à produção e uso dessas plantas tanto para tratamentos de saúde preventiva quanto terapêutica. A participação da sociedade e dos profissionais de saúde foi destacada como crucial para o sucesso dessas políticas, que garantem a segurança e a eficácia no uso das plantas. Com o objetivo de apoiar os profissionais de saúde no manejo adequado das plantas medicinais, incentivando seu uso racional e seguro, foi enfatizada a importância de práticas que assegurem a preservação das propriedades terapêuticas e o respeito à biodiversidade local. Apoiar este tipo de iniciativa favorece a integralidade do cuidado, valoriza o saber popular e promove o autocuidado, além de possibilitar a interação e socialização entre os usuários, formando uma rede de apoio e vínculo.

                 

Em seguida, os participantes foram convidados a refletir sobre o cultivo de plantas medicinais, aprendendo os cuidados necessários para o cultivo adequado e seguro dessas espécies. Foram apresentados métodos de cultivo caseiro e comunitário, com foco na sustentabilidade e no respeito ao meio ambiente. A prática de cultivar as plantas em casa ou em pequenos espaços urbanos, como hortas comunitárias, oferece uma alternativa saudável e acessível para quem busca tratamentos naturais. Durante a atividade, foram trazidos exemplares de plantas medicinais frescas para que todos pudessem conhecer de perto suas características. Permitindo uma experiência sensorial mais completa e reforçando os conhecimentos compartilhados. Essa interação direta com as plantas facilitou o entendimento sobre seus usos e modos de preparo, enriquecendo o aprendizado de forma prática.

                   

Com a orientação da especialista, os participantes puderam entender as particularidades dessas plantas e discutir seus benefícios terapêuticos e a maneira correta de utilizá-las para o alívio de sintomas diversos. A proposta foi integrar o cultivo dessas plantas ao cotidiano das pessoas, incentivando a autossuficiência e a autonomia no cuidado da própria saúde. O encontro foi encerrado com uma conversa sobre as possibilidades de expansão do uso de plantas medicinais em políticas públicas locais. Os participantes compartilharam suas ideias sobre como aumentar a conscientização da população sobre os benefícios dessas plantas e as formas de integrar mais profundamente essas práticas na cultura popular, destacando o papel da educação e da comunidade na construção de um futuro mais saudável e sustentável.