Reunião dos Acadêmicos de Enfermagem da Escola Anna Nery da UFRJ

Hoje, 25/06/2024, foi realizada na Sala de Reunião da Estação OTICS-Rio Catete mais um encontro dos Acadêmicos de Enfermagem da Escola Anna Nery da UFRJ. Sob supervisão da professora Maria Helena, os alunos puderam compartilhar em grupo suas experiências sobre a prática do estágio na atenção básica. A cada dia, um aluno apresenta sua experiência sobre um tema observado no cotidiano da prática e os trazem para a discussão com os colegas, o tema abordado hoje foi a respeito da doença falciforme.

                    

Segundo o Ministério da Saúde, a Doença Falciforme (DF) é uma questão genética e hereditária caracterizada por uma mutação no gene que produz a hemoglobina (HbA), fazendo surgir uma hemoglobina mutante denominada S (HbS), que é de herança recessiva. Existem outras hemoglobinas mutantes: C, D, E,  etc., que em par com a S constitui-se num grupo denominado de doença falciforme.

                   

O diagnóstico da DF é realizado, principalmente, através do teste do pezinho, fazendo parte do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN). Crianças a partir dos quatro meses de idade, jovens e adultos que ainda não fizeram diagnóstico para detecção da doença podem realizar o exame de sangue chamado eletroforese de hemoglobina, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). A eletroforese de hemoglobina também está inserida na rotina do pré-natal, que é garantido a todas as gestantes e parceiros. Por conta da deformação das hemácias, que geralmente ocorrem por situações de estresse, frio, traumas, desidratação, infecções, causam má circulação ao passar pelos vasos sanguíneos.

                  

As manifestações clínicas da doença falciforme podem afetar, assim, quase todos os órgãos e sistemas, ocorrendo a partir do primeiro ano e se estendendo por toda vida. As principais incluem: crises de dor, icterícia, anemia, infecções, síndrome mão-pé, crise de sequestração esplênica, acidente vascular encefálico, priaprismo, síndrome torácica aguda, crise aplásica, ulcerações, osteonecrose, complicações renais, oculares, dentre outras, incluindo complicações tardias relacionadas à sobrecarga de ferro secundária às transfusões.