A asma é uma condição de alta relevância para a saúde pública. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 339 milhões de pessoas convivem com a doença no mundo. Em 2016, foram registradas 417.918 mortes por asma em escala global.
No Brasil, cerca de 3 mil pessoas morrem anualmente por complicações da doença — a maioria desses óbitos poderia ser evitada com tratamento adequado.
Durante a pandemia de COVID-19, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia reforçou que infecções virais são causas comuns de crises de asma. Por isso, recomenda-se que pacientes — especialmente os que têm formas graves da doença — mantenham o distanciamento social sempre que possível.
O Dia Mundial da Asma é organizado pela Global Initiative for Asthma (GINA), entidade parceira da OMS. Desde sua primeira edição, em 1998, o evento tem ganhado visibilidade global, promovendo atividades de conscientização em diversos países.
Em 2021, a campanha foi celebrada no dia 04 de maio, com o tema “Esclarecendo Equívocos sobre a Asma”, que visa combater mitos ainda comuns e que prejudicam o tratamento e a qualidade de vida dos pacientes. Alguns desses equívocos incluem:
Mitos comuns sobre a asma:
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A asma é uma doença exclusivamente infantil e desaparece com o tempo;
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A asma é contagiosa;
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Pessoas com asma não devem praticar exercícios físicos;
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Somente altas doses de corticoides controlam a doença.
Fatos verdadeiros:
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A asma pode surgir em qualquer fase da vida;
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A doença não é infecciosa, embora infecções respiratórias possam desencadear crises;
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A asma em crianças costuma ter relação com alergias, mas a de início na idade adulta nem sempre é alérgica;
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Com o controle adequado, é possível praticar atividades físicas normalmente;
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O controle da asma geralmente é eficaz com doses baixas de corticoides inalatórios.
Também conhecida como “bronquite asmática” ou “bronquite alérgica”, a asma é uma inflamação crônica dos brônquios, que são os canais que conduzem o ar aos pulmões. Com os avanços da medicina, tornou-se possível compreender melhor as causas, os mecanismos da doença e desenvolver tratamentos mais eficazes. Ainda assim, a asma continua sendo uma condição séria e potencialmente fatal.
Fatores desencadeantes:
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Alergias: poeira, ácaros, mofo, pólen, pelos de animais, fezes de barata;
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Infecções respiratórias: gripes, resfriados, sinusites;
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Mudanças climáticas, fumaça, poluição e cheiros fortes;
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Esforço físico, emoções intensas e exposição ao ar frio;
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Medicamentos, alimentos, refluxo gastroesofágico, causas hormonais, ocupacionais e outras doenças.
Principais sintomas:
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Tosse frequente e prolongada (especialmente à noite);
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Chiado no peito;
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Falta de ar e sensação de aperto no peito;
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Dificuldade respiratória durante atividades físicas.
Tratamento:
Inclui controle ambiental, uso de medicamentos e, em alguns casos, vacinas para alergia. Os remédios se dividem em:
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Drogas de alívio (para crises);
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Drogas de manutenção (uso contínuo para controle).
A forma inalatória é a mais eficaz, por agir diretamente nos pulmões e permitir o uso de doses menores.
Prevenção:
Manter o ambiente limpo e livre de alérgenos e irritantes é fundamental. Evite a presença de fumantes, controle pragas como baratas, limite o contato com animais e use capas impermeáveis em colchões e travesseiros. A higienização regular desses itens também é importante.
Seguir o tratamento corretamente e manter hábitos de prevenção são as melhores estratégias para evitar crises e melhorar a qualidade de vida dos pacientes asmáticos.
Fontes:
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Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia
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Global Initiative for Asthma (GINA)
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Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica
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Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia