Na tarde de quarta-feira, 18 de dezembro de 2024, o auditório da Estação Otics – Rio Catete recebeu uma importante roda de conversa promovida pela Divisão de Ações e Programas de Saúde (DAPS). O evento teve como tema a Infecção Latente da Tuberculose (ILTB), um assunto de grande relevância para a saúde pública. A conversa foi conduzida por Maria Harb e Solange Cavalcante, apoiadoras DAPS tuberculose e Raquel Piller, da Gerência das Doenças Pulmonares Prevalentes (GDPP), que compartilharam conhecimentos e atualizações sobre a temática. O encontro contou com a presença de diversos profissionais de saúde do CMS Manoel José Ferreira, que participaram ativamente das discussões, trocando experiências e buscando soluções para o combate à doença.

A Infecção Latente da Tuberculose (ILTB) ocorre quando a pessoa está infectada com o bacilo da tuberculose, mas não apresenta sintomas da doença e não transmite o agente para outras pessoas. Nesse estágio, o sistema imunológico consegue controlar a infecção, mas não eliminá-la completamente. Embora a pessoa com ILTB não seja contagiosa, ela pode desenvolver a forma ativa da tuberculose em algum momento, especialmente se o sistema imunológico for enfraquecido, como em pessoas com HIV ou em idosos.

A ILTB pode ser identificada por meio de dois exames principais: a prova tuberculínica (PT) e o teste de reação em cadeia da polimerase (IGRA). A prova tuberculínica consiste na aplicação de uma pequena quantidade de tuberculina na pele, e a reação do corpo é medida após 48 a 72 horas. Se a pessoa tiver sido exposta ao bacilo da tuberculose, ocorrerá uma reação inflamatória no local da aplicação. Já o teste IGRA é um exame de sangue mais específico, que detecta a resposta imunológica do organismo ao bacilo da tuberculose.

O monitoramento de pessoas com HIV é essencial para detectar precocemente infecções, como a tuberculose, devido ao maior risco de desenvolvimento da doença ativa em indivíduos com HIV, especialmente com carga viral descontrolada. Esse acompanhamento inclui exames regulares e o tratamento antirretroviral (TAR), que fortalece o sistema imunológico. A integração entre as equipes de saúde para o cuidado de HIV e tuberculose é crucial para garantir diagnóstico e tratamento coordenados, prevenindo complicações e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.