Na manhã de segunda-feira, 16 de dezembro de 2024, o auditório da Estação Otics – Rio Catete recebeu a reunião da Câmara Técnica para tratativas sobre o cuidado da pessoa ferida e prevenção de lesões no Município do Rio de Janeiro. A frente da reunião estavam a Coordenadora das linhas de cuidado das Doenças Crônicas Não Transmissíveis Angela Leal, Louise Abreu, gerente da área técnica à pessoa com ferida e Fernanda Laxe, enfermeira da Divisão Assistencial da Subsecretaria de Atenção Hospitalar, Urgência e Emergência (SUBHUE). A reunião também contou com a presença de representantes das comissões de curativos e dos apoiadores da linha de cuidado à pessoa com ferida das Coordenadorias Gerais de Atenção Primária (CAP) das Áreas de Planejamento (AP) 1.0, 2.1, 2.2, 3.1, 3.2, 3.3, 4.0, 5.1, 5.2 e 5.3 e da Subsecretaria de Promoção, Atenção Primaria e Vigilância em Saúde (SUBPAV). A reunião teve como principal objetivo apresentar os fluxos desenvolvidos para aprimorar a articulação e a comunicação entre os serviços de saúde no processo de transição dos pacientes que deixam a atenção terciária e são encaminhados para a atenção primária. Foi destacada a importância de garantir continuidade no cuidado, com a troca eficiente de informações entre as equipes, visando um acompanhamento mais integrado e eficaz da saúde do paciente em todas as etapas do processo.

No contexto hospitalar, o cuidado adequado da pessoa ferida é essencial para a recuperação e prevenção de complicações. Profissionais de saúde adotam práticas rigorosas de limpeza e desinfecção das lesões, além de monitorar constantemente sinais de infecção ou outras reações adversas. O uso de curativos estéreis e a adoção de medidas adequadas de controle de dor são fundamentais para a promoção da cicatrização, o bem estar do paciente e a sua melhor recuperação.

As Comissões de Curativo nos hospitais têm como objetivo promover a qualidade e a humanização da assistência a pacientes com risco ou portadores de lesões, alinhando suas ações às diretrizes do SUS. Focadas na integralidade do cuidado, buscam oferecer atendimento individualizado, implementar protocolos de curativos eficientes, capacitar os profissionais de saúde e melhorar continuamente os processos assistenciais, sempre respeitando a dignidade e o bem-estar dos pacientes.

O fluxo entre a atenção terciária e primária é essencial para garantir a continuidade do cuidado após a alta hospitalar. A equipe de saúde deve fornecer orientações claras sobre cuidados e medicamentos ao paciente e seus familiares, considerando suas condições. O encaminhamento para a atenção primária assegura acompanhamento próximo, identificação rápida de complicações e uma recuperação eficaz, evitando a readmissão hospitalar.

O cuidado do paciente com feridas na atenção primária após alta da atenção hospitalar exige uma abordagem contínua e personalizada para garantir a cicatrização adequada e prevenir complicações. Na atenção primária, os profissionais de saúde devem realizar o acompanhamento regular das pessoas com feridas, monitorando sinais de infecção, promovendo a troca correta dos curativos e orientando o paciente sobre os cuidados domiciliares.

A comunicação entre a equipe de atenção terciária e primária é essencial para garantir a continuidade do tratamento, respeitando as especificidades de cada paciente. Além disso, é importante envolver o paciente e sua família no processo de cuidado, oferecendo suporte e esclarecendo dúvidas sobre os cuidados diários, a fim de promover a recuperação e melhorar a qualidade de vida. Sendo assim, a comunicação entre os profissionais da atenção terciária e primária é essencial para assegurar um cuidado integrado e humanizado.
