Grupo de Trabalho – PREFEC: Saúde do Homem adolescente e Adulto.

Nesta quarta-feira, 18 de dezembro de 2024, ocorreu um encontro significativo no Laboratório da Estação Otics-Rio Catete. Foi organizado um Grupo de Trabalho (GT) do Programa de Residência em Enfermagem de Saúde da Família (PREFC) cujo o tema abordado foi: Saúde do Homem Adolescente e Adulto, no qual os enfermeiros preceptores: Isabela de Freitas, Tamires Miranda, Suzana Aparecida e Diogo Cardoso e o residente: Gabriel Rocha se reuniram para uma conversa cujo o objetivo foi discutir e abordar os desafios a respeito do tema.

                    

A saúde do homem tem se mostrado uma questão significativa no campo da saúde pública, mesmo com o avanço da expectativa de vida observado entre 2000 e 2018. Dados epidemiológicos indicam que, embora a população masculina viva mais, os homens ainda morrem, em média, 7,1 anos antes do que as mulheres. Esse fenômeno se reflete em diversas causas de óbito e em todas as faixas etárias até os 80 anos, revelando uma vulnerabilidade persistente e multifatorial.

                   

Uma das principais causas desse cenário é a alta incidência de doenças crônicas não transmissíveis, como doenças cardiovasculares e respiratórias crônicas. Os homens apresentam um risco de 40% a 50% maior de morrer por essas condições em comparação com as mulheres, especialmente quando fatores como o uso prejudicial de álcool, dieta inadequada, sedentarismo, hipertensão arterial e alto índice de massa corporal estão presentes. O Vigitel 2020 confirma que esses hábitos de vida agravam ainda mais os riscos entre a população masculina.

                 

Para mudar essa realidade, é necessário investir em ações efetivas de promoção à saúde do homem, especialmente no âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS). A realização do pré-natal do parceiro tem se destacado como estratégia importante, criando um ponto de partida para o cuidado com os homens. Além disso, ações em espaços amplamente frequentados, como campos de futebol, bares e obras, e a ampliação do horário de funcionamento das Unidades Básicas de Saúde são propostas para facilitar o acesso dessa população aos serviços.

Estratégias como grupos de discussão sobre masculinidades, atendimento humanizado e busca ativa de homens na comunidade têm como objetivo reforçar os vínculos entre usuários e unidades de saúde. Ao reconhecer as peculiaridades socioculturais que influenciam a relação dos homens com o cuidado, essas ações podem promover uma mudança no comportamento e na prevenção de agravos. Investir em ações educativas e na humanização do atendimento é essencial para reduzir as desigualdades e melhorar os indicadores de saúde masculina no Brasil.

Fonte: Gov.br