30/8 – Dia Nacional de Conscientização Sobre a Esclerose Múltipla

A esclerose múltipla (EM) é uma doença inflamatória crônica, provavelmente autoimune. Por motivos genéticos ou ambientais o sistema imunológico começa a agredir a bainha de mielina (camada de gordura que envolve as fibras nervosas na substância branca do cérebro e na medula espinhal), comprometendo a função do sistema nervoso (cérebro e medula) ao atingir diversas funções ligadas ao trânsito de informações dos neurônios para o resto do corpo. Quando esse caminho é prejudicado pelas lesões provocadas pela enfermidade, essas informações se espalham gerando diversos sintomas.

Os ataques, chamados surtos, são crises inflamatórias que danificam a bainha de mielina causando cicatrizes, também chamadas de placas ou lesões. Há ainda, desde o início da doença, degeneração das próprias fibras nervosas ou axônios. Os surtos ocorrem aleatoriamente, variando em número e frequência, de pessoa para pessoa.

Sintomas:

  •  Fadiga;
  • Distúrbios visuais;
  • Rigidez;
  • Fraqueza muscular;
  • Desequilíbrio;
  • Alterações sensoriais;
  • Dor;
  • Disfunção da bexiga e/ou do intestino;
  • Disfunção sexual;
  • Dificuldade para articular a fala;
  • Dificuldade para engolir;
  • Alterações emocionais;
  • Alterações cognitivas.

Tratamento:

Embora ainda não exista cura para a EM, há tratamentos medicamentosos que buscam reduzir a atividade inflamatória e a ocorrência dos surtos ao longo dos anos, contribuindo para a diminuição do acúmulo de incapacidades durante a vida do paciente. Além do foco na doença, tratar os sintomas é muito importante para a qualidade de vida desses pacientes. Os medicamentos utilizados, bem como todo o tratamento, devem ser indicados e acompanhados pelo médico neurologista de forma individualizada.

Recomendações:

  •  Embora não altere a evolução da doença, é importante manter a prática de exercícios físicos, pois eles ajudam a fortalecer os ossos, a melhorar o humor, a controlar o peso e contra sintomas como a fadiga;
  • Quando os movimentos estão comprometidos, a fisioterapia ajuda a reformular o ato motor, dando ênfase à contração dos músculos ainda preservados;
  • O tratamento fisioterápico associado a determinados remédios ajuda também a reeducar o controle dos esfíncteres (músculos que controlam a eliminação de fezes e urina);
  •  Nas crises agudas da doença, é aconselhável que o paciente permaneça em repouso.